No passado dia 26 de Fevereiro, a Universidade Politécnica de Valência (UPV), Espanha, abriu as suas portas à McDonalds para que esta organizasse um evento destinado a "proporcionar aos jovens universitários uma jornada de reflexão gratuita que os oriente no seu salto ao mercado de trabalho", lia-se na web da Universidade. O Ministério do Emprego e Solidariedade Social deu o seu apoio à iniciativa, incluindo-a na sua Estratégia de Empreendedorismo e Emprego Jovem.
Na abertura do Campus McDonalds, assim se chamava o evento, o responsável da Universidade para a área de emprego apela aos e às jovens universitários que tenham um sonho como Martin Luther King.
O sonho do modelo de trabalho McDonalds e da vida moldada para consumir McDonalds. Mão-de-obra flexível, precária, sempre sorridente e agradecendo a quem lhes explora e aliena. Pessoas que mais não podem que consumir comida de plástico por 1 euro e ser felizes com isso, não importa que a comida venha de outra mão-de-obra escravizada, contamine o planeta, envenene a saúde ou que esvazie os campos de quem aí tem o seu sustento. E mais, que vivam o sonho de uma Universidade que mais não serve que para fornecer esta mão-de-obra e esta vida.
Pois a estes sonhos, os e as alunas da UPV disseram não, obrigada. É ver o vídeo e entender porquê.
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