Da euforia do dia com a sondagem da Católica publicada hoje, fica a ponderação do Pedro Magalhães, que nos diz 4 coisas:
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19 junho 2015
Alguém já reparou que a direita unida pode perder 1 milhão de votos?
Da euforia do dia com a sondagem da Católica publicada hoje, fica a ponderação do Pedro Magalhães, que nos diz 4 coisas:
18 junho 2015
As pensões são o problema da economia grega?
Agora veio a finta, o pretexto, a grande ocasião. O governo Alemão quer impor um corte de 400 milhões nas pensões gregas em 2015. É a linha vermelha e o discurso oficial que ficará desta tragédia. Um dia se escreverá na pedra da história que a expulsão oficial da Grécia do euro e da União deveu-se a um desacordo sobre uma medida que representa 0,002% do PIB europeu. Mas o projeto e a estratégia é mesmo empobrecer a Grécia nos próximos. Que ninguém cometa a ousadia de aqui ver um golpismo, uma lição, um porrete na cabeça do Syriza. Esta Europa ainda tem um hino (lembram-se qual é?).
Mas é sabido que este comércio tem duas partes. Toma lá, da cá. No meio da ponte, à vigésima quinta hora. Lá chegados, ouvir bem o grande impasse, o problema da economia grega são as pensões. Tsipras apresenta uma resposta, aos alemães e a todos nós, com uma tese e 9 pontos:
14 junho 2015
Come e cala ou o desastre da política cultural
A situação
da cultura em Portugal assume dimensões realmente trágicas. Na última década, o
investimento público central na cultura desceu 75 %, alimentado num discurso
tão cínico quanto ignorante de que quem for suficientemente ousado consegue
encontrar fora do Estado os apoios necessários à criação artística. Uma
tristeza. Da “democratização cultural” e “liberdade artística” à promoção do
“empreendedorismo cultural” e das “industrias criativas” deu-se um salto
ideológico de dimensões avassaladoras.
À perda de
direitos de acesso da população à cultura e às várias variantes da criação
artística, à peregrina desistência de uma política de aposta na criação de públicos
e à demissão do estímulo à democratização cultural no conjunto do país,
correspondeu também a degradação das condições de trabalho e a precarização dos
vários profissionais do setor.
A
descapitalização pública do apoio à cultura que se manifesta antes mesmo da
crise financeira faz com que hoje o Orçamento do Estado não reserve mais do que
0,1% do PIB para investimento no setor cultural. Uma vergonha. A cultura não só
já não tem um Ministério com capacidade e meios de apoio à criação e à formação
de públicos, como está sujeita a uma única orientação política: desinvestimento
público, degradação das condições de trabalho dos profissionais, redução do
direito de acesso à cultura e degradação das condições de liberdade artística.