No
debate público fala-se muito de uma nova geração que nem estuda, nem trabalha.
Chamam-lhe “geração nem-nem” e caracteriza um conjunto de jovens que acabaram
os estudos mas não encontraram trabalho. Muitos voltaram para casa dos pais,
outros vão tentando sobreviver com a solidariedade de amigos e pequenos
biscates avulso. Mas não têm faltado comentadores a dizer que estes casos são
minoritários e isolados e que é uma caricatura dizer que esta situação se
generaliza entre os mais jovens. O dados do INE, aqui trabalhado pelo Observatório das Desigualdades, vêm dizer o oposto:
Segundo estes
cálculos, em 2012 existiam 14,1 % de indivíduos com idades entre 15 e 24 anos
que não estavam nem a estudar, nem a trabalhar. Esta percentagem representa
159,5 mil pessoas… Mas alargando a faixa etária para a população entre 25 e 34
anos, a taxa é ainda maior: 18,9 %, ou seja, 275,4 mil pessoas.
O
problema está mesmo aí. O desemprego, a precariedade, a emigração e perda de
expectativas sobre as instituições de ensino estão a transformar este país num
pântano sem fundo. Só a imaginação e a combatividade podem virar o país ao
contrário.
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