19 junho 2014

A maturidade dos Linda Martini




Não é fácil encaixar os Linda Martini num único e unívoco estilo de música. Mas é muito fácil classifica-los como uma das melhores, mais criativas e inovadores banda da cena musical portuguesa. Os Linda Martini são um dos principais grupos do novo rock português e não envergonham de nenhuma forma a geração que fez nascer e crescer o rock em Portugal. Venceram três vezes o prémio de disco do ano pelos leitores da Blitz com “Os olhos de Mongol” (2006), “Casa Ocupada” (2010) e “Turbo Lento” (2013) e têm enchido todos os recintos a que se dirigem. Os elogios de pessoas como Henrique Amaro da Antena 3 ou Zé Pedro dos Xutos e Pontapés não são para menos. A banda é uma mistura original de influências de post-rock, rock alternativo, post-hardcore, punk e outros estilos e combina uma explosão de criatividade e inovação em cada disco e concerto que fazem.

Há meia dúzia de dias comprei o novo álbum “Baú”, distribuído com a Blitz. Um disco de “inéditos e raridades”, com novas versões de vários temas de outros discos e com sonoridades que foram ficando por editar no meio do processo criativo que foi dando origem aos vários álbuns. É uma álbum de maturidade. Nestes dez anos como banda, os Linda Martini, que começaram no circuito independente, surpreendem pela solidez de uma música multifacetada, pela capacidade de brilhar em vários tons e ritmos e por uma enorme qualidade de composição e arranjo dos temas. Vale a pena ouvir. Ainda há bom rock em Portugal. Este Baú é mais uma prova disso. 

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