[artigo publicado na Vírus, nº7]
Perante nova oportunidade de emprego na sua área, aceitou um confuso convite para trabalhar numa clínica psiquiátrica. Ao fim de uma semana, disseram-lhe que seria, não uma profissional como as outras, mas uma estagiária, contratada através da medida de estágios emprego do IEFP, de qual já tinha ouvido falar, com uma remuneração de 691 euros, superior, apesar de tudo, ao que ganhava nas noites mal dormidas da movida portuense. Sofia ganharia o seu primeiro salário depois de quatro meses de trabalho gratuito. O período de aprovação do estágio por parte do IEFP esticou-se em adiamentos consecutivos, tempo durante o qual a Sofia continuou a cumprir as suas funções na clínica, que lhe pagou apenas as viagens diárias para o emprego.