Lembrar o 25 de Abril é refletir sobre o gesto fundador da Revolução portuguesa de 1974/75 e sobre a marca genética que deixou impressa na democracia que dela sobrou.
É a defesa desse património primacial e do mais que a luta popular lhe acrescentou que ainda hoje separa as águas entre a esquerda e a direita em Portugal. Por isso discutimos nesta edição os caminhos que desbravou e os outros por que se perdeu a Revolução de 1974/75.
Os avanços e recuos, as conquistas, as derrotas, a recomposição da burguesia, o regresso da despolitização, a reforma e contra reforma agrária, o “poder popular” e os seus limites, e, por sobre tudo isso, o futuro que temos pela frente. O Dossiê, onde recebemos as contribuições de Jorge Costa, Adriano Campos, Miguel Perez, Constantino Piçarra e Luís Trindade, passa este conjunto de assuntos em revista.
A Entrevista, conduzida por Miguel Cardina e Luís Trindade, recolheu, num debate de grande interesse, as opiniões de Paula Godinho, António Reis e Manuel Loff sobre o balanço e as representações das memórias da Revolução. Pensar o Socialismo Hoje traz-nos a perspetiva de Bruno Peixe sobre a obra de outro pensador sobre as revoluções e o comunismo, o filósofo Alain Badiou.
Como habitualmente, a rúbrica Ver Ouvir e Ler, reúne recensões críticas do cinema, ficção e do ensaio da autoria Helena Romão, João Mineiro, Fabrice Schurmans, Júlia Garraio, João Curvêlo, Rita Calvário, Mariana Avelãs, Diana Andringa e João Carlos Louçã. A Vária registou as colaborações de Hugo Monteiro, Maria José Araújo e Leonor Figueiredo. Finalmente, a Agenda fundamental do próximo semestre preparada por Fabian Figueiredo.
A todas e todos que contribuíram para este quinto número da VÍRUS o reconhecimento do Conselho de Redação.
Sem comentários:
Enviar um comentário