07 março 2015

A insustentável leveza de um saco plástico



Penso que será consensual a ideia de que os sacos plásticos descartáveis são uma das coisas mais irritantes do mundo, ao nível de uma música do Justin Bieber ou de uma embalagem de “abertura fácil” que não abre facilmente. Não se biodegradam, matam animais de asfixia quando vão parar aos oceanos, são feitos de petróleo, e, ainda por cima, magoam as mãos quando a carga do supermercado é grande. Dificilmente encontraremos uma medida política mais consensual, portanto, do que a erradicação dos malditos sacos descartáveis e a sua substituição por sacos reutilizáveis. Mas não é exatamente isso o que estamos a presenciar em Portugal.

06 março 2015

Mariana Mortágua: "O que os administradores da PT ainda não conseguiram explicar"



"Segundo a auditoria interna da PT, desde pelo menos 2007 que metade do excedente de tesouraria da PT era colocado no BES e no GES, quota que foi subindo até aos 80%, em valor acumulado (ou seja, contando com as renovações dos investimentos):
2007200820092010201120122013
GES/BES (%)48%59%70%60%63%78%80%


É verdade, desde 2000 que a PT tinha uma parceria estratégia com a Caixa Geral de Depósitos e o BES que previa tratamento preferencial e recíproco da operadora para com os dois bancos. Mas ao contrário do que foi sendo dito, e mais uma vez em termos acumulados, a repartição entre CGD e BES não era equitativa. Se analisarmos anualmente, sem contar com as renovações, no ano da venda da VIVO os recursos foram repartidos entre os dois bancos, mas essa não era a regra (a CGD tinha muito menos de metade dos fundos destinados ao BES/GES).

João Camargo: Mas afinal que impostos é que Passos pagou?

João Camargo, dos Precários, ontem no CANAL Q, no programa Inferno, discutiu as questões das dívidas de Passos Coelho à Segurança Social e ao fisco.

02 março 2015

Um Governo de gente honesta


Reunião do Conselho de Ministros

Pedro Passos Coelho: Primeiro-ministro do desfalque à Segurança Social e desmantelamento do regime de exclusividade dos deputados.

Paulo Portas: Vice-Primeiro-ministro para as contrapartidas e assuntos marítimos submergidos.

Maria Luís Albuquerque: Ministra das Finanças e dos SWAPS com vista à ruína das empresas públicas.

Sérgio Silva Monteiro: Secretário de Estado dos Transportes e da renegociação das PPP assinadas por ele próprio.

Bruno Maçães: Secretário de Estado dos Assuntos Europeus para o exercício de agachamento em Berlim.

Miguel Relvas: assessor político para o Ensino Superior.

Franquelim Alves: assessor económico para a banca privada.


01 março 2015

Tiago Gillot: "Uma revelação surpreendente"



Tiago Gillot: "O regime de contribuições para os trabalhadores a recibos verdes é injusto, inadequado e incompreensível para quem nele está incluído. Muitos anos depois do incumprimento de Passos Coelho, as regras são, no essencial, as mesmas. É preciso um novo regime, como a Associação de Combate à Precariedade tem defendido e em cuja proposta concreta está a trabalhar. Passos Coelho, que dirige um Governo que insiste em manter este regime e ainda o piorou nos últimos anos, confessa agora que também não o compreende. Ainda assim, exige que precários com baixos rendimentos façam tudo o que ele não fez: que entendam as regras e que as cumpram, sob pena de severas consequências. É esta a estranha moral de um primeiro-ministro, que decreta um suposto rigor para quem está em dificuldades, mas reserva para si todas as facilidades."