Já sabíamos que o Secretário de Estado Bruno Maçães gosta muito do TTIP. Ficámos a saber que a deputada Francisca Almeida também gosta muito do TTIP. O primeiro até assina cartas onde exige a inclusão de mecanismos de resolução de litígios investidor-Estado no TTIP. A segunda faz de Dr. Pangloss. Venha o TTIP! Venha rapidamente! Porque TODA a gente concorda com o acordo e, se não concorda, é porque não leu o estudo do CEPR (não é EPR, Exmª. Dr.ª Francisca Almeida), essa ínclita instituição.
Pois, mas há quem tenha lido. E há quem tenha opiniões diferentes, baseadas em modelos com pressupostos diferentes, mais modestos e mais rigorosos. Quando se fazem estudos de impacto macroeconómico, convém que a econometria seja decente (e eu não percebo nada de econometria, mas consigo ver que alguém percebe. Basta que me explique qual o modelo e como o usa).
Vide http://www.ase.tufts.edu/gdae/Pubs/wp/14-03CapaldoTTIP.pdf
O mais importante, para começar, é isto:
Pois, mas há quem tenha lido. E há quem tenha opiniões diferentes, baseadas em modelos com pressupostos diferentes, mais modestos e mais rigorosos. Quando se fazem estudos de impacto macroeconómico, convém que a econometria seja decente (e eu não percebo nada de econometria, mas consigo ver que alguém percebe. Basta que me explique qual o modelo e como o usa).
Vide http://www.ase.tufts.edu/gdae/Pubs/wp/14-03CapaldoTTIP.pdf
O mais importante, para começar, é isto:
Quantitative arguments in favor of TTIP come mostly from four widely cited econometric studies: Ecorys (2009), CEPR (2013), CEPII (2013) and Bertelsmann Stiftung (2013). (...) (p.5)
Methodologically, the similarities among the four studies are striking. While all use World Bank-style Computable General Equilibrium (CGE) models, the first two studies also use exactly the same CGE. The specific CGE they use is called the Global Trade Analysis Project (GTAP), developed by researchers at Purdue University. All but Bertelsmann use a version of the same database (again from GTAP). The limitations of CGE models as tools for assessments of trade reforms emerged during the liberalizations of the 1980s and 1990s . The main problem with these models is their assumption on the process leading to a new macroeconomic equilibrium after trade is liberalized. (...) (p.6)