17 abril 2015

Observador: o jornal da direita aflita



Em terreno dominado pela família Dos Santos, o Observador é um caso singular. É mais do que um jornal, pois assume campanhas que o campo austeritário marinou durante anos, mas não chega a ser uma plataforma política, como foi em tempos o Independente de Paulo Portas. Não que José Manuel Fernandes e David Dinis façam por desmerecer a fama de postilhões militantes da direita portuguesa, mas ao reconhecerem no atual governo a possibilidade histórica mais próxima do seu projeto, ficam com uma curta margem para se impor como feudo jornalístico e consciência crítica do seu próprio campo político.

Ainda assim, vale a pena lembrar. O Observador foi forjado a partir das vontades e tostões de:
  •  Luís Amaral, ex-quadro da Jerónimo Martins.
  • António Pinto Leite, destacado advogado da MLGTS e presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores
  • António Viana Batista, membro da administração da Jerónimo Martins
  • Pedro de Almeida, dono da Ardma, holding do mercado de contentores, principal interessada na  privatização da CP Carga.
  •  João Fonseca, ex-diretor do Deutsch bank e accionista de referência da Atrium, sociedade gestora de grandes fortunas.
  •  Carlos Moreira da Silva, administrador da SONAE; 
  • Duarte Schmidt Lino, sócio da maior sociedade de advogados em Portugal, a PLMJ
  • Duarte Vasconcelos, da Vasconcelos Arruda Advogados e ex-assessor de Oliveira e Costa (BPN) no Governo de Cavaco Silva.
  • António Champalimaud (filho), dono da Holdaco. 
  • João de Castello Branco, sócio-director da McKinsey & Company (seguros) em Lisboa.
  • Pedro Martinho, administrador do grupo Eurocash (supermercados e distribuição na Polónia).
  • Filipe Simões de Almeida, administrador da Deloitte em Portugal.
  • João Talone, ex-administrador do BPN e EDP, agraciado por Cavaco Silva em 2006, atual emissário dos Rothschild em Portugal.  
  • Jorge Bleck, sócio da Vieira de Almeida (advogados), principal sociedade contratada pelo Estado.